mar 05
Perfil de consumo da mulher brasileira

Perfil de consumo da mulher brasileira

Estudos da Nielsen e do SPC Brasil detalham o perfil de consumo da mulher brasileira com maestria e muita confiabilidade.

Confira abaixo os principais dados coletados nessas pesquisas e como aplicá-los na prática em seu negócio.

Uso das Redes Sociais

Segundo a pesquisa Perfil de Consumo da Mulher Brasileira realizada pelo pesquisa do SPC Brasil, 64,8% das mulheres entrevistadas admitem que as redes sociais alteraram seus hábitos de consumo.

Isso é resultado direto do Inbound Marketing e Social Commerce.

Explicamos abaixo cada um.

Inbound Marketing

Estratégia de Marketing que promove entretenimento e conteúdos relevantes para o público alvo das empresas.

Se antigamente a comunicação de uma empresa com o consumidor servia apenas para vender, hoje deve servir para ajudá-lo a alcançar seus objetivos.

Uma empresa de viagens deve ensinar seus potenciais clientes a prepararem uma mala eficiente, por exemplo. Entregar conteúdos relevantes promove conexão entre consumidores e marcas, facilitando assim o processo de fechamento.

Esse tipo de Marketing faz com que consumidoras brasileiras mudem práticas do dia-a-dia e sejam introduzidas à novas necessidades de consumo à partir de um processo que chamamos de geração de valor.

Social Commerce

Não é segredo para ninguém que a prova social possui grande influência no comportamento do consumidor.

Vivemos na era dos influenciadores, que transformaram as recomendações de produtos e serviços em um negócio verdadeiramente rentável.

Mas não é só de influenciadores que é feito o Social Marketing e sim de toda e qualquer validação social de produtos e serviços.

Ou seja, a avaliação de um cliente real contando sua experiência com a marca e até mesmo as reclamações no Reclame Aqui.

Conseguir essas avaliações não deve ser difícil já que, segundo a mesma pesquisa, 52,6% das mulheres costumam fazer avaliações na internet sobre suas experiências com produtos e serviços.

Além disso, 53,7% das entrevistadas confessaram adquirir produtos para acompanhar tendências, desde que atendam seus gostos pessoais.

Quer saber como estruturar sua estratégia de Social Commerce e conseguir mais avaliações positivas? Leia nosso post sobre Social Commerce.

Internet vem ganhando força

Segundo a pesquisa do SPC Brasil o consumo da mulher brasileira ainda é fortemente influenciado pela TV, já que 68,4% das entrevistas ainda consideram a televisão como principal fonte de informação. Logo após vem o Facebook (64,7%), WhatsApp (48%) e Portais de Notícias (42%).

Essa é uma ótima notícia, principalmente para as pequenas e médias empresas que não possuem recursos para fazerem-se presentes na televisão.

A internet, além de democrática, faz possível a segmentação do público, dessa forma, anúncios de refeições vegetarianas não vão parar em amantes de carne.

Leia 3 Técnicas Para Segmentar Público

Identificação

58,5% das entrevistadas afirmaram que as propagandas não retratam a mulher real.

O que quer dizer que mais da metade das mulheres não se identificam com as empresas e pior ainda, que a comunicação não reflete suas atitudes e quem elas são.

59% dizem que as mulheres presentes na mídia são muito diferentes fisicamente das mulheres reais.

32% afirmam que sentem-se incomodadas com propagandas que as apresentam como objetos sexuais.

29,5% relatam que as mulheres sempre aparecem felizes em uma família perfeita e que isso não reflete a vida real.

Criando propagandas com potencial de identificação

Conforme mostrado na pesquisa, existe um enorme gap no mercado no quesito propagandas que geram identificação.

Para empresários inteligentes essa é uma grande oportunidade para se destacar.

Estamos vivendo um fenômeno chamado Cegueira de Banner, que nada mais é do que o cérebro criando estratégias naturais para não prestar atenção em propaganda.

Somos expostos a uma média de 1.900 banners por mês. Caso nosso corpo não produzisse essa defesa passaríamos quase 100% do nosso tempo consumindo propaganda.

Criar propagandas que realmente reflitam o estilo e as necessidades da sua persona poderá aumentar as taxas de interação dos anúncios.

Primeiro de tudo é necessário criar uma persona bem definida e realista. (Leia 4 Dicas Simples Para Criar Sua Persona )

Ainda segundo a pesquisa, as mulheres querem ser tratadas como guerreiras (49,2%) sem o padrão de beleza inatingível dos filmes e da TV (46,6%) dinâmicas (33%)  e independentes (32,7%). 

 

Decisão de compra

Segundo pesquisa da Nielsen, apesar de chefiarem sozinhas 37% dos lares, as mulheres são responsáveis pelas compras em 96% dos lares de todo o Brasil, independentemente da sua configuração.

60% das entrevistadas estão céticas em relação a melhora do cenário econômico brasileiro, por isso, seus principais motivadores de compra estão relacionados ao preço.

Motivadores:

74,2% boa relação entre preço e qualidade

63,7% baixo preço

32,6% frequência de boas promoções

Ainda segundo a pesquisa, mulheres estão mais dispostas do que homens a pagar mais por um produto com responsabilidade ambiental.

Também influenciam:

  • Compra serviços de entrega à domicílio,
  • Atendimento ao cliente
  • Formas de pagamento.

78% escolhem o período diurno para comprar e 58% os dias de semana.

Propaganda boca-a-boca

Sabemos que avaliações de consumidores e influenciadores são extremamente relevantes para a tomada de decisão, mas a propaganda boca-a-boca ainda consegue ser mais efetiva.

De acordo com a Nielsen as mulheres possuem influência significativa no consumo de outras pessoas, uma vez que 85% costumam indicar produtos e serviços para amigos e familiares.

Julia Ávila,  Gerente do Painel de Consumidores, explica.

“Devido à diminuição da confiança, as mulheres aprenderam a priorizar seu consumo e economizar. Com esse conhecimento, elas compartilham com outras pessoas suas experiências e, assim, influenciam o consumo de terceiros.”

Utilizando estes dados

  1. Programe anúncios e links patrocinados de acordo com dias e horários em que as mulheres se dizem mais propensas a realizar uma compra.
  2. Mesmo que seu item seja de luxo como um clube de assinaturas para pet, por exemplo, procure demonstrar com clareza seu custo benefício.
  3. Se você passou os últimos 20 anos perdido no deserto e ainda trata a mulher como um acessório e não como a tomadora de decisão pare agora mesmo.

Alguma coisa te surpreendeu? Conta para a gente!

 

 

Sobre o Autor

Renata é Psicóloga, especialista em Neuromarketing e Comportamento do Consumidor. Obcecada por café e livros de história, consegue passar horas falando sobre praticamente qualquer assunto.