Estudos da Nielsen e do SPC Brasil detalham o perfil de consumo da mulher brasileira com maestria e muita confiabilidade.
Confira abaixo os principais dados coletados nessas pesquisas e como aplicá-los na prática em seu negócio.
Uso das Redes Sociais
Segundo a pesquisa Perfil de Consumo da Mulher Brasileira realizada pelo pesquisa do SPC Brasil, 64,8% das mulheres entrevistadas admitem que as redes sociais alteraram seus hábitos de consumo.
Isso é resultado direto do Inbound Marketing e Social Commerce.
Explicamos abaixo cada um.
Inbound Marketing
Estratégia de Marketing que promove entretenimento e conteúdos relevantes para o público alvo das empresas.
Se antigamente a comunicação de uma empresa com o consumidor servia apenas para vender, hoje deve servir para ajudá-lo a alcançar seus objetivos.
Uma empresa de viagens deve ensinar seus potenciais clientes a prepararem uma mala eficiente, por exemplo. Entregar conteúdos relevantes promove conexão entre consumidores e marcas, facilitando assim o processo de fechamento.
Esse tipo de Marketing faz com que consumidoras brasileiras mudem práticas do dia-a-dia e sejam introduzidas à novas necessidades de consumo à partir de um processo que chamamos de geração de valor.
Social Commerce
Não é segredo para ninguém que a prova social possui grande influência no comportamento do consumidor.
Vivemos na era dos influenciadores, que transformaram as recomendações de produtos e serviços em um negócio verdadeiramente rentável.
Mas não é só de influenciadores que é feito o Social Marketing e sim de toda e qualquer validação social de produtos e serviços.
Ou seja, a avaliação de um cliente real contando sua experiência com a marca e até mesmo as reclamações no Reclame Aqui.
Conseguir essas avaliações não deve ser difícil já que, segundo a mesma pesquisa, 52,6% das mulheres costumam fazer avaliações na internet sobre suas experiências com produtos e serviços.
Além disso, 53,7% das entrevistadas confessaram adquirir produtos para acompanhar tendências, desde que atendam seus gostos pessoais.
Quer saber como estruturar sua estratégia de Social Commerce e conseguir mais avaliações positivas? Leia nosso post sobre Social Commerce.
Internet vem ganhando força
Segundo a pesquisa do SPC Brasil o consumo da mulher brasileira ainda é fortemente influenciado pela TV, já que 68,4% das entrevistas ainda consideram a televisão como principal fonte de informação. Logo após vem o Facebook (64,7%), WhatsApp (48%) e Portais de Notícias (42%).
Essa é uma ótima notícia, principalmente para as pequenas e médias empresas que não possuem recursos para fazerem-se presentes na televisão.
A internet, além de democrática, faz possível a segmentação do público, dessa forma, anúncios de refeições vegetarianas não vão parar em amantes de carne.
Leia 3 Técnicas Para Segmentar Público
Identificação
58,5% das entrevistadas afirmaram que as propagandas não retratam a mulher real.
O que quer dizer que mais da metade das mulheres não se identificam com as empresas e pior ainda, que a comunicação não reflete suas atitudes e quem elas são.
59% dizem que as mulheres presentes na mídia são muito diferentes fisicamente das mulheres reais.
32% afirmam que sentem-se incomodadas com propagandas que as apresentam como objetos sexuais.
29,5% relatam que as mulheres sempre aparecem felizes em uma família perfeita e que isso não reflete a vida real.
Criando propagandas com potencial de identificação
Conforme mostrado na pesquisa, existe um enorme gap no mercado no quesito propagandas que geram identificação.
Para empresários inteligentes essa é uma grande oportunidade para se destacar.
Estamos vivendo um fenômeno chamado Cegueira de Banner, que nada mais é do que o cérebro criando estratégias naturais para não prestar atenção em propaganda.
Somos expostos a uma média de 1.900 banners por mês. Caso nosso corpo não produzisse essa defesa passaríamos quase 100% do nosso tempo consumindo propaganda.
Criar propagandas que realmente reflitam o estilo e as necessidades da sua persona poderá aumentar as taxas de interação dos anúncios.
Primeiro de tudo é necessário criar uma persona bem definida e realista. (Leia 4 Dicas Simples Para Criar Sua Persona )
Ainda segundo a pesquisa, as mulheres querem ser tratadas como guerreiras (49,2%) sem o padrão de beleza inatingível dos filmes e da TV (46,6%) dinâmicas (33%) e independentes (32,7%).
Decisão de compra
Segundo pesquisa da Nielsen, apesar de chefiarem sozinhas 37% dos lares, as mulheres são responsáveis pelas compras em 96% dos lares de todo o Brasil, independentemente da sua configuração.
60% das entrevistadas estão céticas em relação a melhora do cenário econômico brasileiro, por isso, seus principais motivadores de compra estão relacionados ao preço.
Motivadores:
74,2% boa relação entre preço e qualidade
63,7% baixo preço
32,6% frequência de boas promoções
Ainda segundo a pesquisa, mulheres estão mais dispostas do que homens a pagar mais por um produto com responsabilidade ambiental.
Também influenciam:
- Compra serviços de entrega à domicílio,
- Atendimento ao cliente
- Formas de pagamento.
78% escolhem o período diurno para comprar e 58% os dias de semana.
Propaganda boca-a-boca
Sabemos que avaliações de consumidores e influenciadores são extremamente relevantes para a tomada de decisão, mas a propaganda boca-a-boca ainda consegue ser mais efetiva.
De acordo com a Nielsen as mulheres possuem influência significativa no consumo de outras pessoas, uma vez que 85% costumam indicar produtos e serviços para amigos e familiares.
Julia Ávila, Gerente do Painel de Consumidores, explica.
“Devido à diminuição da confiança, as mulheres aprenderam a priorizar seu consumo e economizar. Com esse conhecimento, elas compartilham com outras pessoas suas experiências e, assim, influenciam o consumo de terceiros.”
Utilizando estes dados
- Programe anúncios e links patrocinados de acordo com dias e horários em que as mulheres se dizem mais propensas a realizar uma compra.
- Mesmo que seu item seja de luxo como um clube de assinaturas para pet, por exemplo, procure demonstrar com clareza seu custo benefício.
- Se você passou os últimos 20 anos perdido no deserto e ainda trata a mulher como um acessório e não como a tomadora de decisão pare agora mesmo.
Alguma coisa te surpreendeu? Conta para a gente!